Festival Portugal Internacional de Montreal

Sexta-feira, catorze de Junho na missão de Santa Cruz foi iniciado o nosso festival, que já conta com a sexta edição e que esperamos que os patrocinadores do mesmo adiram cada vez mais e melhor, assim como a organização esteja sempre disponível.

O início foi efetuado por uma alocução do Sr. Cônsul Geral de Portugal em Montreal, António Barroso, o qual anunciou que este festival foi em homenagem à diva do fado Amália Rodrigues, muito recordada pelas interpretações das nossas fadistas, Jordelina Benfeito, Suzy Silva e Marta Raposo, muito aplaudidas, efetivamente são artistas do qual a diáspora muito se orgulha. O acompanhamento de guitarras e violas esteve a cargo do virtuoso Luís Duarte, António Moniz, José João, Liberto Medeiros, Paulo Gomes, Nelson Moreira e Luís Costa. Para finalizar este começo do festival, foi uma grande surpresa o artista Remígio Pereira que nos deliciou com sua voz impressionante, um artista com raízes portuguesas, felizmente que por todo mundo há um destes diamantes que são pouco conhecidos, o público apreciou imenso testemunhando por seus aplausos.

Esteve ao serviço do público vários serviços de petiscos e bebidas, o Clube Portugal de Montreal foi responsável pelo serviço de bar. A casa dos Açores contribuiu com pequenos acepipes e o famoso queijo de S. Jorge, entre outros petiscos. Uma soirée um pouco fresca para início de verão, mas foi aquecida pela boa vontade de todos os participantes inclusive a organização que tudo fez para que tudo sem exceção corresse pelo melhor. No sábado dia chuvoso, nada agradável para as atividades do festival que estavam programadas, mesmo assim o programa seguiu com o desafio de futebol, os participantes estiveram no palco a receber medalhas de recordação do evento. Cerca das dezoito horas foi iniciado a parte musical, DJ Rafeiro música para dançar. A artista convidada Vânia Dilac, o cantor pop Jorge Pacheco e o Nelz, cantor que veio de Ontário fecharam a noite fria e chuvosa mas com muito calor humano. É importante notar que houve uma exposição de livros na sala nobre da Santa Cruz, mas vamos falar disto na próxima edição.

Domingo foi certamente o maior e melhor dia deste festival onde os dois primeiros dias foram difíceis na temperatura, domingo foi certamente um lindo dia com vários eventos, em primeiro foi o desfile, depois do regresso foi um espetáculo folclórico onde atuaram os melhores do folclore da comunidade. Logo de seguida foi o DJ The Best e finalmente tivemos a oportunidade de ver Jay Duende cantar. É bom ver os nossos jovens a atuar, nem todos cantam português mas como cantor Rap, foi bastante apreciado pelos jovens da nossa comunidade. Um dos melhores que este continente pode oferecer é o grupo de comediantes “The Portugueses Kids”, realmente um dos melhores porque eles apresentam o que é a comunidade com um tom muito bem apreciado. Depois foi Marco Génio que foi brilhante e o Grupo Terrato. É pena que alguns dos artistas do sábado não tocaram no domingo porque havia tanta chuva e só 30 ou 40 pessoas lutaram contra esta temperatura, não é bom para o artista nem para a nossa comunidade, deveriam ter puxado para o domingo para darem ao menos uma ou duas canções. A cantora Vânia Dilac é uma das melhores e é pena de não a ver no domingo onde o recinto estava bem cheio. Parabéns aos organizadores por mais uma edição. Acho que seria tempo de contactar o Velho Porto ou usar a esplanada do estádio Olímpico para fazer deste festival, um verdadeiro festival para Montreal e mostrar o que nós somos e dignificar o nome de PORTUGAL.

TEXTO: JORGE MATOS E SYLVIO MARTINS
FOTOS: DOMINIQUE ABREU