liga das nações: França 0-0 Portugal | Paris é Nossa

Todos os 75 passos da caminhada de Fernando Santos como selecionador nacional vão, invariavelmente, dar ao Stade de France.
Faz este domingo seis anos que o Engenheiro cumpriu o primeiro jogo no comando técnico de Portugal precisamente contra a França, em Saint Denis. Em 2016, a seleção portuguesa conquistou o Euro e silenciou, não só o Stade de France, como todo o país. O terceiro duelo contra os gauleses deu empate, mas a «equipa das quinas» volta a deixar Paris com um sorriso, visto que conserva a liderança do grupo.
A primeira parte de Portugal frente à campeã mundial foi um sinal de força. Esta seleção não tem medo de olhar nos olhos qualquer adversário. Mais do que não ter medo, tem capacidade para controlar o jogo com bola e assumir a iniciativa.
Apesar de terem estado melhores na primeira parte, os campeões europeus não incomodaram verdadeiramente Lloris. O melhor que a seleção nacional conseguiu na primeira parte foi um pontapé falhado de Bernardo na área, um desvio de Félix ao lado após cruzamento de Bruno Fernandes e um pontapé de Ronaldo que Hernández travou.
A França fez uma primeira parte muito aquém. É verdade que Danilo, William e Bruno Fernandes não deram um palmo a Pogba e Griezmann, mas exige-se mais à campeã mundial. Com excepção um pontapé desastrado de Giroud e um pontapé cruzado de Griezmann, os gauleses praticamente não assustaram Patrício.
A segunda parte foi distinta e assemelhou-se à final do Euro 2016 – faltou o nosso Eder. A França puxou dos galões, roubou o conforto aos jogadores portugueses e pareceu sempre a equipa mais próxima de marcar. O lance de Mbappé que Patrício defendeu com a mão esquerda é sintomática da mudança que houve na toada do jogo.
Ainda que sem o fulgor da primeira parte, Portugal teve oportunidades suficientes para ser feliz. Ronaldo falhou o que não é habitual e Pepe, o melhor jogador em campo, chegou mesmo a marcar na sequência de um livre de bola parada. Porém, o lance foi invalidado por posição irregular do defesa do FC Porto.
Fernando Santos trocou Bernardo por Jota e mais tarde, Bruno Fernandes por Renato Sanches. O médio do Lille ainda testou a atenção de Lloris em cima do minuto 90. Porém, a derradeira oportunidade da partida saiu dos pés de Ronaldo, mas o guarda-redes francês voltou a levar a melhor.
75 jogos depois, a seleção de Fernando Santos fez jus ao estatuto alcançado em 2016 e voltou a sair de Paris com um sorriso.